A medicina chinesa é uma síntese dos saberes, técnicas, filosofia, visões de mundo e experiências do povo chinês na sua luta durante milhares de anos contra as doenças. As antigas histórias mitológicas descrevem uma tradição de mais de cinco mil anos, enquanto achados arqueológicos e estudos acadêmicos sugerem uma tradição de aproximadamente dois mil anos.

 

Nos primórdios da civilização chinesa, a medicina chinesa era uma medicina popular descentralizada e fragmentada, baseada no folclore e nas experiências práticas, e não possuía um corpo teórico que a unificasse. Com o amadurecimento das concepções cosmológicas daoistas, as investigações e práticas passaram a ser orientadas por construções teóricas e pela observação da natureza. Ao longo do tempo, com a ascensão e o declínio de tendências políticas, sociais e religiosas, aspectos foram sendo incorporados a esse sistema médico em constante transformação e contínuo desenvolvimento.

 

Sendo uma racionalidade médica vitalista, que contempla a profunda integração entre o homem e a natureza, o objetivo da medicina chinesa é reestabelecer a “ordem natural” da vida, promovendo a recuperação do bem-estar físico, psíquico e espiritual do paciente. Para atingir esse objetivo, utiliza diversos recursos como acupuntura, ervas, moxabustão, meditação, Qi Gong, etc.